- Tatiana Carvalho
Outubro Rosa: a ginecologista, Dra. Silvia Saito, conta quais são os primeiros sinais de alerta
Em exclusividade para o Trend Times, a ginecologista e obstetra, Dra. Silvia Saito, fala sobre como mudar alguns hábitos pode ajudar na prevenção do Câncer de Mama e elenca os sinais de alerta para a doença

Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o Brasil terá 625 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2020-2022. O câncer de mama aparece em segundo lugar como o tipo de câncer mais comum no Brasil, só atrás do câncer de pele.
Para abrir o mês do Outubro Rosa, campanha mundial de alerta e combate ao Câncer de Mama, o Trend Times conversou com a Dra. Silvia Saito Yamada, ginecologista e obstetra, atualmente Chefe de Equipe de Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Samaritano e no Hospital Infantil Sabará, ambos em São Paulo.
A Dra. Silvia é sócia fundadora do Projeto 40+linda, voltada ao público feminino com 40 anos ou mais. O projeto é composto pela ginecologista, por uma endocrinologista, Dra. Daniela Miranda, e uma dermatologista, Dra. Andrea Masada. Segundo elas, "O Projeto 40+Linda acredita que cada mulher é única e por isso merece um olhar individualizado, mas um cuidado multidisciplinar". Juntas, elas conseguem ver a mulher de todos os aspectos e cuidando de sua saúde e autoestima. Pelo Instagram do Projeto, elas dão dicas e disseminam informações sobre temas importantes para a saúde da mulher.
Dra. temos visto que os casos de câncer de mama têm aumentado a cada ano, certo? Como se prevenir?
Sim, infelizmente vem aumentando. Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama, como por exemplo: a idade, fatores genéticos e hormonais, que não podem ser modificados. Porém, mudanças comportamentais e no estilo de vida podem ser adotadas e tem potencial para diminuir em até 30% a incidência, são eles: praticar atividade física, alimentação saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e evitar excessos de terapia hormonal ou anticoncepção.
Existem campanhas que incentivam o autoexame, ele é importante? Como as pessoas podem realizar esse autoexame?
O autoexame deve ser estimulado para que a própria mulher conheça o seu corpo. Deve ser realizado após a menstruação, deslizando os dedos sobre as mamas. Caso a pessoa note algo diferente ou sinta dores, ela deve procurar um ginecologista.
Sobre os exames clínicos preventivos, quais são e com qual frequência devem ser feitos?
Os exames de detecção são a ultrassonografia mamária e a mamografia, que podem ser realizados em qualquer idade, quando há suspeita. Caso contrário, a mamografia como exame de rotina é recomendada pelo Ministério da saúde para mulheres entre 50 e 69 anos.
Quais são os primeiros sinais de alerta da doença que as pessoas devem ficar atentas?
Os primeiro sinais que as pessoas devem se atentar são: aparição de nódulos (ou caroços) com ou sem dor; mudança na pele na região da mama, coloração avermelhada ou aparência enrugada, como casca de laranja; alterações do bico da mama ou saída de secreção espontânea e caroços nas axilas e/ou pescoço.
Câncer de mama também pode atingir os homens?
É raro, mas pode acometer até 1% de todos os casos.
Existem fatores de risco? Se sim, quais são e quais cuidados devemos tomar?
Existem sim. Os fatores de risco são fatores genéticos, histórico familiar, sedentarismo e estilo de vida não saudável. Os cuidados que podem ser tomados são alguns que já foram citados nas perguntas anteriores, como: fazer exercícios, não exagerar no consumo de álcool, ter uma alimentação saudável e fazer consultas e exames periodicamente.
Qual a periodicidade recomendada para as mulheres irem ao ginecologista?
A consulta ginecológica deve ser anual, independente da idade, acrescida de orientações nutricionais e dietéticas. Cada mulher é responsável pelo seu organismo e cabe a ela zelar pela sua saúde!
Dra. Silvia Saito Yamada é Médica ginecologista e obstetra. Sua área de atuação é em Ginecologia Infanto-puberal e ela já passou por importantes hospitais, como Santa Casa de São Paulo, Hospital Albert Einstein, Hospital Samaritano e Hospital Infantil Sabará, onde atualmente é chefe de equipe de ginecologia e obstetrícia. A dra. é Mestre em Ginecologia pela ISCMSP e Membro da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), Membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), Membro da Associação Médica de Fitoterapia (SOBRAFITO) e faz parte da Diretoria SOBRAFITO- gestão 2019-2021.